Após quatro horas de apagão, 640 mil clientes do Tocantins já tiveram a energia restabelecida. A informação foi repassada pela concessionária de energia elétrica, a Energisa. A região do Bico do Papagaio, norte do estado, continua com o problema.
Várias cidades do Tocantins registraram falta de energia. Em Palmas, o apagão começou por volta de 08h30 e afetou órgãos públicos, escolas, prédios e em todas as regiões da cidade. O apagão foi nacional e gerado por uma 'ação controlada' do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Segundo a concessionária, a recomposição da energia está sendo feita a partir de autorização do ONS.
A interrupção foi ocasionada por um evento externo no Sistema Interligado Nacional, que afetou o suprimento de energia em todo país. Como proteção, por determinação do ONS, foi interrompido o fornecimento de energia elétrica em territórios de sua concessão em 25 dos 26 estados do Brasil, disse a Energisa.
Alunos liberados e atendimentos interrompidos
Em Palmas, o apagão afetou diversos serviços e durou cerca de 1 hora e 45 minutos, até voltar completamente. Em uma escola particular, alunos foram liberados e postos de combustíveis ficaram sem funcionar.
Os serviços do INSS também foram interrompidos. A doméstica Joaquina Moreira da Silva espera há 11 anos para realizar uma cirurgia na coluna. Ela tenta fazer uma perícia médica há três anos. Nesta terça-feira, o apagão atrapalhou o procedimento. Muitos atendimentos no órgão tiveram que ser reagendados.
O Aeroporto de Palmas informou que está operando normalmente. Houve um registro de falta externa de energia às 8h40, porém imediatamente o gerador foi acionado. Às 10h, o fornecimento de energia foi restabelecido. Durante esse período não houve impactos em pousos e decolagens, disse a assessoria de imprensa.
Estado com e sem energia — Foto: Arte/g1
O Ministério de Minas e Energia (MME) informou que o fornecimento foi restabelecido no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, em 55% da região Norte e 81% do Nordeste.
A pasta, assim como o Operador Nacional do Sistema (ONS), disse que houve uma falha às 8h31, mas ainda não divulgaram a causa do incidente.
Segundo o coordenador do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), José Marengo, a causa do apagão deve ser operacional, pois não há um alerta pela seca, por exemplo, que pudesse impactar a produção e distribuição de energia.
"Apesar do baixo nível de chuva, não estamos em uma situação de seca extrema, principalmente na região nordeste, que foi onde começou o apagão", explica.