Em uma sentença proferida pelo juiz Alan Ide Ribeiro da Silva, da comarca de Augustinópolis, foram cassados os diplomas da prefeita de Praia Norte, Bruna Gabrielle (PSD), e de seu vice-prefeito, Abrão Carolino (PSD), conhecido como "Cabeça". A decisão, anexada aos autos de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) e uma Ação de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME), também decretou a inelegibilidade dos dois gestores e do ex-prefeito Ho Che Mim Araújo.
As ações foram movidas logo após as eleições municipais de 2024. A AIME, proposta pela coligação liderada pelo candidato derrotado Jader Pinheiro (UB), teve como fundamento as acusações de abuso de poder econômico, corrupção e fraude eleitoral. Paralelamente, a AIJE, de autoria do Ministério Público Eleitoral (MPE), buscou apurar condutas que teriam desequilibrado a disputa, incluindo abuso de poder econômico e de autoridade, além do uso indevido dos meios de comunicação durante a campanha.
Segundo informações os processos foram instruídos com um robusto conjunto de provas materiais e testemunhais que embasaram a decisão do magistrado.
Gestores Permanecem nos Cargos Enquanto Recorrem
Apesar da gravidade da sentença, é crucial destacar que, por se tratar de uma decisão monocrática (de um único juiz) em primeira instância, ela não resulta no afastamento imediato da prefeita e do vice-prefeito de seus cargos.
A defesa dos políticos envolvidos certamente recorrerá da decisão ao Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO). O colegiado do TRE-TO será, portanto, a instância que reavaliará o caso e decidirá sobre a manutenção ou a reforma da sentença, determinando o futuro político de Bruna Gabrielle, Abrão Carolino e Ho Che Mim Araújo. Até o trânsito em julgado do processo ou uma decisão em contrário por uma instância superior, a prefeita e o vice permanecem no exercício de suas funções.
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