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Uma experiência multissensorial. Assim pode ser resumido a exposição ‘Dança do Pote’ no Museu Governador Siqueira Campos da Casa Suçuapara, espaço de cultura da Fundação Cultural de Palmas (FCP) localizado no Parque Cesamar, em Palmas. A abertura do evento, que é apoiado pela Prefeitura de Palmas, se deu na noite desta sexta-feira, 5.
A exposição reúne 12 peças de cerâmica inspirados nos movimentos da dança Suça, ancestral manifestação popular afrobrasileira tradicional no Tocantins. Antes de chegar até a região central de Palmas, a ‘Dança do Pote’ passou pelo distrito de Taquaruçu, pela cidade de Lajeado e pelo município de Santa Tereza do Tocantins, na comunidade quilombola Barra da Aroeira, que é composta por cerca de 150 famílias que descendem de africanos que foram submetidos à escravidão.
Conforme explicou o ceramista autor da ‘Dança do Pote’, Wanderley Batista, a ideia da exposição nasceu do amor que ele tem pelas próprias raízes culturais que possui. “Eu sou um tocantinense que ama a cultura do Tocantins. Entendo que as nossas raízes são mais profundas e elas foram regadas pelos nossos irmãos africanos. Por isto a Suça me sensibiliza tanto. Ela é uma manifestação cultural daqui, muito representativa para nós”, externou. “Todos ganhamos com a visão que ele tem, com esta forma única de criar uma simbiose entre o respeito ao tradicional e um fazer artístico inovador”, enfatizou a presidente da FCP, Luara Aquino.
A ‘Dança do Pote’ tem classificação livre e pode ser visitada até o dia 30 de setembro próximo de segunda à sexta, das 8 às 20 horas, sempre com entrada franca. Apoiado pela FCP, o projeto ‘Dança do Pote’ foi executado a partir de recursos advindos da Política Nacional Aldir Blanc (Pnab) do Ministério da Cultura (Minc).
Texto: Marcus Mesquita
Edição: Juliana Matos
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