Saúde Tocantins
Secretaria de Estado da Saúde alerta para os riscos da automedicação em casos de suspeita de dengue
Uso de medicamentos sem a orientação correta pode agravar a doença
19/02/2024 13h40
Por: Redação Fonte: Secom Tocantins

Para garantir que a população esteja esclarecida sobre os cuidados corretos de pacientes com dengue, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) chama atenção para os riscos da automedicação que pode evoluir para forma mais grave da doença, a hemorrágica.

A dengue é uma doença febril aguda causada por um vírus de evolução benigna, na maioria dos casos e seu principal vetor é o mosquitoAedes aegypti. O vírus causador da doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A infecção por um deles dá proteção permanente para o mesmo sorotipo e imunidade parcial e temporária contra os outros três.

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Os sintomas da dengue podem ser febre alta, de início abrupto, seguido de dor de cabeça, dor muscular, prostração (abatimento, cansaço), artralgia (dor nas articulações), perda do apetite, dor retro-orbital (dor atrás dos olhos), náuseas, vômitos, manchas vermelhas pelo corpo, coceira na pele, podendo afetar crianças e adultos e a maioria dos pacientes evoluem para a cura. Mas, sem os devidos cuidados, o paciente pode evoluir com sinais de alarme, como dor abdominal intensa, vômitos persistentes e sangramentos; ou ainda para a forma grave da doença, com sangramento grave e ocasionalmente choque, podendo levar à morte.

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Segundo o médico especialista em Medicina de Família e Comunidade da Diretoria de Atenção Primária/SES-TO, Diego de Abreu Noleto, "a pessoa com suspeita de dengue não deve se automedicar, pois há medicamentos que acarretam a piora do quadro, como os salicilatos e anti-inflamatórios não hormonais".

"Apesar de não existir medicação e tratamento específico, a dengue é uma doença dinâmica, podendo evoluir para a remissão dos sintomas ou agravamento do quadro, e, portanto, necessita de seguimento adequado. Dessa forma, diante da suspeita de dengue, deve-se priorizar a hidratação e imediatamente procurar acompanhamento médico em uma Unidade Básica de Saúde, já nos primeiros sintomas. Assim, a doença pode ser diagnosticada e o paciente ser orientado quanto aos cuidados que deve ter para o tratamento da doença”, acrescentou o especialista.

No Tocantins, segundo dados epidemiológicos divulgados pela SES-TO, na sexta-feira, 16, houve um aumento de 107,2% no número de casos prováveis, considerando o mesmo período de 2023, passando de 622 para 1.289 casos em 2024.

Ações da SES-TO

Para o enfrentamento à doença, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) não mede esforços no controle de arboviroses com monitoramento constante da situação epidemiológica dos 139 municípios, elaboração e divulgação de boletins epidemiológicos semanalmente, divulgação de alerta aos municípios para a intensificação das atividades de prevenção e controle, videoconferências semanais com as equipes dos municípios em situação de alerta para organização dos serviços e discussão das atividades de prevenção e controle do mosquito, curso de atualização em vigilância, diagnóstico e manejo clínico das arboviroses para os profissionais da saúde que atuam na rede de atenção à saúde e capacitações de controle químico para os agentes de Combate às Endemias.

Prevenção

Prevenir é a melhor forma de evitar a dengue, além da Zika e da chikungunya, que também são transmitidas pelo mesmo mosquito. A maior parte dos focos está nos domicílios, por isso a participação da população é tão importante para o enfrentamento à doença. Entre elas:

Não deixar água parada, eliminando os locais onde o mosquito nasce e se desenvolve, evitando desta forma a sua proliferação; não acumular água em pratos de vasos de plantas; e colocar areia fina até a borda do pratinho. Não juntar vasilhas e utensílios que possam acumular água (tampinha de garrafa, casca de ovo, latinha, embalagem plástica e de vidro, copo descartável) e guardar garrafas vazias de cabeça para baixo. Entregar pneus velhos ao serviço de limpeza urbana, caso precise mantê-los, guarde em local coberto. Deixar a tampa do vaso sanitário sempre fechada; limpar frequentemente calhas, lajes e ralos das casas. Manter a água da piscina sempre tratada com cloro e limpar uma vez por semana. Preservar o quintal limpo, recolhendo o lixo e os detritos em volta das casas. Não jogar lixo em terrenos baldios, construções e praças, além de permitir sempre o acesso do agente de combate a endemias em sua residência ou estabelecimento comercial.