Fevereiro é o mês de conscientização e combate do câncer de pênis pela Sociedade Brasileira de Urologia e para manter a saúde da populaçãoa Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) reforça os cuidados sobre a doença, sintomas e sinais de alerta. O tumor tem maior incidência em homens que têm 50 anos ou mais, embora possa atingir também os mais jovens. A doença está relacionada à máhigiene íntima e a infecção peloPapilomavírusHumano(HPV).
O setor de cirurgias eletivas do Hospital Geral de Palmas (HGP) registrou em 2023 cinco casos de amputação peniana e dois casos de linfadenectomia pós penectomia com um óbito. No Brasil, o câncer de pênis é mais comum nas regiões Norte e Nordeste, representando 2% de todos os tipos de câncer que ocorrem nos homens.
O médicouro-oncologia do HGP, Rudinei Brunetto,ressalta a importância do cuidado e prevenção. “É um tipo de tumor que na maioria dos casos é descoberto em estágio avançado e a prevenção é feita por meio de cuidados simples durante arotina diária. Muitos homens demoram a procurar o especialista e quando buscam atendimento muitas vezes a doença já se encontra em estágio avançado, em que oórgão necessita ser amputado para higiene local, podendo a cirurgia não ser mais curativa”, explica.
“Os sinais e sintomas mais comuns deste tipo de câncer é uma ferida ou úlcera persistente, ou também um espessamento (tumoração) ou mudança na cor da pele do pênis ou prepúcio. Pode aparecer a presença de gânglios inguinais (ínguas na virilha), sinal de progressão da doença (metástase). O diagnóstico precoceé primordial para tratar a doença e evitar amputar oórgão”, acrescentou o especialista.
Prevenção
Para a prevenção da doença, são recomendadas consultas regulares aos homens na fase adulta e vacinação às crianças e adolescentes entre 9 e 14 anos de idade. A imunização é disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, é indicado o uso de preservativo íntimo, evitar tabagismo, tratar a fimose quando presente e manter bons hábitos de higiene genital com água e sabão.
Tratamento
Os principais tratamentos realizados neste tipo de câncersão penectomia parcial, penectomia total, linfadenectomia inguinal e pélvica para retirada de linfonodos possivelmente acometidos na doença avançada.
Fatores de risco
São fatores de risco a má higiene íntima; estreitamento do prepúcio (fimose), homens com fimose que não se submeteram à postectomia (remoção do prepúcio, a pele que reveste a glande a ‘cabeça’ do pênis); pacientes imunossuprimidos; associação entre infecção pelo vírus HPV (Papilomavírus Humano); aumento de parceiras/parceiros sexuais.